A conceituada universidade britânica de Oxford vai abrir uma unidade na cidade do Rio de Janeiro. A novidade foi confirmada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que assinou um termo de compromisso, durante visita a instituição, nesta quarta-feira (03/11) . A previsão é de que o centro de educação seja inaugurado em 2022. A informação é do Jornal Extra.
O campus da britânico em terras cariocas será o primeiro da instituição fora da Inglaterra, e será voltado a produção de pesquisas, desenvolvimento de medicamentos e de vacinas e capacitação de pessoal.
Segundo divulgou o governo brasileiro, “na unidade instalada no Brasil será priorizada a pesquisa em saúde global, além da formação de novos profissionais na área de doenças infecciosas, pesquisas clínicas e desenvolvimento de imunizantes. Haverá cursos de mestrado, PHD e atualização para profissionais”.
A pesquisadora e professora brasileira Sue Ann Clemens, será a diretora da “Oxford carioca”. Clemens foi uma das responsáveis por trazer os estudos da vacina Oxford/AstraZeneca ao Brasil e diretora do primeiro mestrado em Vacinologia do mundo, na Universidade de Siena, na Itália.
“Nos últimos tempos, foram formados centros de estudos, e é triste perder isso quando a pandemia acabar. Queremos botar o Brasil na rota internacional de pesquisas“, disse Clemens ao Jornal Extra.
A professora e cientista que encabeçou projetos de capacitação em 22 centros na América Latina, revelou o objetivo de tornar o Brasil a sede de centros de pesquisas no subcontinente latino-americano.
No entanto, para ela, ainda é preciso investir em educação, preparando melhor os brasileiros para “povoarem esses centros” à medida que a produção de pesquisas crescer. Durante a pandemia, afirma, foi preciso “treinar pessoal em cima da hora”.
Serão oferecidos cursos de especialização, mestrado e doutorado, centrados em realização de pesquisa, vacinologia e doenças infecciosas. Os pesquisadores serão financiados por pelo menos três anos.
A nova unidade terá apoio do governo britânico e apoio científico da Universidade de Siena, do Instituto para Saúde Global da Universidade College London, também do Reino Unido, e do Instituto Internacional de Vacinas da ONU.
Clemens, que é chefe do comitê científico da Fundação Bill e Melinda Gates, segue em busca do apoio privado. A previsão é que o acordo final deva ser assinado ainda este ano.