Com o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a expectativa para a realização das festas de Réveillon e Carnaval, representantes do setor de turismo já se preparam para a retomada segura de grandes eventos, na cidade do Rio, nos próximos meses.
Na quinta-feira (21), cem entidades do setor associadas ao Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB) vão se reunir para debater como será feita a preparação para o reaquecimento do turismo no Rio. Durante a rodada de negócios, a presidente da Empresa Municipal de Turismo do Rio (Riotur), Daniela Maia, vai dar detalhes sobre o planejamento da prefeitura para a realização tanto do Réveillon quanto do Carnaval.
O evento ainda contará com a participação do CEO do Rock in Rio, Luis Justo, para detalhar a estrutura do próximo festival e debater a participação do setor na recepção dos turistas. Além dos megaeventos, a realização de congressos e feiras de negócios, já confirmados para o ano que vem, deve gerar um faturamento de R$ 300 milhões para a cidade maravilhosa, de acordo com o Rio CVB.
“Tanto o turismo de lazer, com a aproximação Réveillon e do Carnaval, por exemplo, quanto o turismo de negócios, com a realização de congressos técnico-científicos, já contam com um calendário robusto para os próximos meses. Agora, hotéis, bares, restaurantes, atrações turísticas, todo o trade precisa se preparar para esta nova fase. Encontros como esse permitem não só o planejamento desses agentes quanto a concretização de novos negócios que possam explorar essas oportunidades”, afirma Carlos Werneck, presidente-executivo do Rio CVB.
Enquanto isso, a Riotur já recebeu 621 pedidos de desfiles de blocos de rua para o Carnaval do ano que vem. Apesar da alta demanda, a instituição informou que nem todas essas solicitações devem ser atendidas. Isso, porque, de acordo com o diretor de Operações da Riotur, Rafael Bandeira, a previsão é de que o total de autorizações se limite a 500 desfiles.
Mas para retomada segura de megaeventos na cidade do Rio, como o Carnaval, por exemplo, os infectologistas salientam a importância de alcançar o patamar de 80% da população total com o esquema vacinal completo. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, esse percentual corresponde a cerca de 1,3 milhão de pessoas que ainda precisam tomar a vacina contra a Covid.
Para os especialistas, os não vacinados comprometem a imunização porque o vírus continua a circular, pode sofrer mutações e tornar as vacinas menos eficientes. Além da taxa de vacinação, a Fiocruz recomenda a adoção de outros parâmetros como média móvel semanal inferior a 110 casos de Covid e fila de espera para internação no município de três pessoas por dia. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio afirmou que está analisando as recomendações feitas pelos especialistas.
Atualmente, o percentual dos cariocas vacinados com as duas doses ou dose única está em 60,5%, o que levou a Prefeitura do Rio a adiar a 2ª fase de flexibilização, que previa a desobrigação do uso da máscara em locais abertos e sem aglomeração.
Mesmo sem ter atingido a meta de 65% da população, pessoas totalmente imunizadas contra Covid-19 não precisarão mais apresentar exame com resultado negativo para participar de eventos-teste na cidade. A medida foi publicada em decreto na última quinta-feira (14). Para participar do evento basta apresentar o ‘passaporte da vacina’. A mesma regra vale também para a presença de público em estádios e ginásios do município.
Para os interessados em participar dos eventos que receberam somente a primeira dose, ainda é obrigatório apresentar teste negativo para a doença e estar munido do comprovante de vacinação.