Estado projeta avanço na recuperação da Baía de Guanabara para que seja cenário-símbolo do encontro
Menos de duas semanas após a conclusão da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), ocorrida em Glasgow, na Escócia, o Rio de Janeiro iniciou os preparativos para a Conferência Rio 2030.
O evento ocorrerá 30 anos após a Eco-92, quando a capital do estado recebeu lideranças de 178 países para discutir sustentabilidade. Em 2012, a cidade recebeu ainda a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Segundo o estado, os preparativos para a Rio2030 foram iniciados em janeiro, com a criação de um grupo de trabalho que formulou propostas para o evento de 30 anos da Eco-92. Em agosto, foi criada a Autoridade do Desenvolvimento Sustentável. Na quarta-feira (24), o governador Cláudio Castro (PL) assinou um termo que torna 2022 o ano do desenvolvimento sustentável no estado.
Secretário estadual de Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha explica que a conferência ocorrerá em um momento no qual o Rio de Janeiro estará ainda mais comprometido com as metas ambientais, devido aos compromissos assumidos recentemente na COP26.
“Faremos um grande movimento, tendo a Baía de Guanabara como palco vivo, a partir do início da restauração desse ecossistema, parte da nossa agenda 2030″, disse.
“Estamos inaugurando um novo tempo com a universalização do saneamento, com a redução das emissões de gases como o metano e o Conexão Mata Atlântica, da qual já nos comprometemos com um incremento de 10% de cobertura vegetal no estado. Tudo isso dá mais robustez à Rio2030”, explica o secretário.
O governo pretende realizar a universalização do saneamento básico por meio da concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), que dividiu a área bacia da Baía de Guanabara em dois lotes já concedidos. Um terceiro, que engloba 21 municípios, está previsto para ir a leilão em 29 de dezembro, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) por meio de modelagem feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Será um grande evento que reunirá chefes-de-estado, coalizões, redes internacionais e sociedade civil. Será um grande exemplo do que temos chamado de pensar globalmente e agir localmente. Por isso, 2022 será um ano de intensificação da agenda ambiental”, conclui Pampolha.
O evento prevê ainda a realização de fóruns, painéis e diferentes oportunidades para trocas de entre diferentes instâncias governamentais e a sociedade civil.
Fonte: CNN