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Responsáveis pela Segurança dos hotéis recebem a nova delegada da DEAT

O Windsor Leme, em Copacabana, sediou a reunião do Fórum de Segurança do Hotéis Rio, no dia 02, que contou com a presença dos responsáveis pela Segurança da hotelaria carioca e teve como convidados a nova delegada titular da DEAT (Delegacia Especial de Apoio ao Turismo), Patrícia Alemany, e o inspetor Eduardo Sardenberg.

Durante o encontro, os policiais fizeram uma apresentação e expuseram números sobre a “onda criminal” a partir das notificações registradas em regiões da cidade que abrangem a 12ª, 13ª e 14ª DPs. Os especialistas reiteraram, porém, que há ainda muitas subnotificações. O projeto ainda está em construção e, futuramente, incluirá outras delegacias.

“Há ilhas de excelência na cidade com menor incidência de ocorrências criminais, como é o caso da Saara, no Centro. Segundo alguns supervisores de segurança, isso acontece devido aos seguranças particulares que atuam na região e que são bastante ativos na área”, destacou a delegada.

Este foi o primeiro fórum presencial organizado pelo Hotéis Rio após o período em que as reuniões ficaram restritas ao formato virtual devido ao início da pandemia de Covid-19. Para recepcionar os participantes nesta retomada, o Windsor Leme recebeu os participantes seguindo as Regras de Ouro estabelecidas pela Prefeitura e hotelaria carioca, como o uso obrigatório de máscara, distanciamento entre as cadeiras dispostas no auditório e sistema de serviço indireto de buffet no welcome coffee, em que um funcionário do hotel servia a cada pessoa individualmente.

Confira a entrevista com a nova delegada da DEAT:

Durante a reunião com a área de segurança da hotelaria, houve a menção a um projeto, ainda em construção, que registrará a onda criminal em áreas atendidas por cada DP. Como funcionará esse projeto? 

Assumi a DEAT há um mês e estou muito satisfeita com o novo desafio. Estava em uma área de combate à lavagem de dinheiro já há bastante tempo, o que me levou a trabalhar com análise criminal, números e indicadores. Assim, quando chegamos, iniciamos um primeiro levantamento do perfil dos crimes praticados contra turistas estrangeiros. Como é essa criminalidade? Em quais locais ocorrem? Quais são os crimes mais frequentes? E, neste momento de pandemia, nos preparamos para a retomada do turismo e começamos a traçar ações de combate à criminalidade nas áreas turísticas. 

Quais ações pretende implementar à frente da DEAT?

Acredito no trabalho em rede, integrado com instituições relacionadas ao tema. Neste curto período de tempo, já fizemos contato com organizações públicas e privadas para integrar as ações. O objetivo é atacar os crimes principais que assolam o turista. Usar indicadores para propor políticas públicas, de prevenção e repressão ao crime. Propor cinturões de segurança turística, corredores de turismo e também identificar novas propostas de pontos turísticos seguros.

Como vê a parceria da hotelaria carioca junto à DEAT? 

Não existe trabalho de segurança pública efetivo sem parceria. Os hotéis funcionam como colaboradores fundamentais no combate a esse tipo de criminalidade. A DEAT trabalha nesse sentido de integração com os hotéis e demais veículos do turismo. 

Quais benefícios essa parceria traz para ambos os lados? 

Todos temos o mesmo objetivo: ter uma cidade mais segura para que o turismo cresça. Atender bem o turista para que ele se sinta bem e seguro e retorne a nossa cidade. A polícia sozinha não consegue dar conta dessa questão tão delicada que é a segurança pública no Rio de Janeiro. 

Quais os maiores desafios da segurança turística? 

Precisamos integrar, realmente, os atores da Prefeitura com as instituições estaduais e federais e a área privada. Fazer segurança e ter uma cidade mais ordenada, limpa, iluminada, com os equipamentos urbanos funcionando. Pensar em soluções sérias para a questão dos moradores de rua e dos ambulantes ilegais. Não dá para andar em Copacabana, a praia mais famosa do Brasil, e achar normal tanta desorganização.

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