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Reformas em hotéis cinco estrelas do Rio prometem aquecer o turismo de luxo

O setor hoteleiro do Rio irá ganhar dois nomes de peso que prometem alavancar o turismo de alto padrão na orla da Cidade Maravilhosa. Um deles é o Sofitel Ipanema (antigo Caesar Park), pertencente ao grupo AccorInvest, cuja reforma total foi retomada em 31 de julho e inclui mudanças nas janelas, para ampliar a vista panorâmica. Ainda não há definição quanto a dara de reabertura, embora haja previsão para o fim de 2024.

Aberto em 1978 como Caesar Park, ele foi o primeiro hotel cinco estrelas da Praia de Ipanema. Em 2012, integrou o portfólio da Accor, sendo transformado em Sofitel Ipanema em 2013. Em 2019, o imóvel de 25 andares fechou para reforma, que acabou paralisada.

A revitalização do novo Sofitel, que tem área construída de 16.727 metros quadrados, compreende a redução do número de apartamentos, a fim de transformar o 5º pavimento em área administrativa para suprir as necessidades do novo hotel. Serão 203 quartos, em vez dos antigos 210. No térreo, a recepção contará com um lobby bar, e no segundo andar haverá um restaurante — ambos abertos ao público.

As janelas da fachada e da lateral do hotel que dá para a Rua Maria Quitéria, em formatos curvo e reto, eram separadas por alvenaria não estrutural, que será removida para ampliar a vista. Na outra fachada lateral, o projeto prevê juntar janelas e a retirada daquelas localizadas no 5º andar.

Em cinco pisos ficarão áreas de serviços, cozinhas, centro de convenções e spa. No quarto andar, spa e academia receberão um novo conceito de design.

Já do sexto ao 22º andar, ficarão os quartos, e no 23º andar estarão a piscina — com borda infinita — , bar e lounge, que serão reorganizados para oferecer espaços para eventos privados. O 24º e o 25º andares contarão com mais um bar e um rooftop, de onde se terá uma visão 360° do Cristo Redentor, do Morro Dois Irmãos e das praias de Ipanema, Arpoador e Leblon.

Marina Leblon

Já o segundo empreendimento, localizado a 1,5 quilômetros do novo Sofitel, é o Hotel Marina, na esquina da Avenida Delfim Moreira com a Rua João Lira. Inaugurado na década de 1980, o arranha-céu, com 19 andares e 150 apartamentos, foi comprado pela BHG. Desde novembro de 2017, entrou em reforma, que, como o Sofitel, foi interrompida.

Mais cinco, quatro e três estrelas para o Rio

Outro que ganhará uma recauchutada é o Fairmont — ex-Sofitel —, na orla de Copacabana. As mudanças incluem a mudança de lugar do Coa&Co, um espaço para os amantes do café, e a instalação de um bar na piscina detrás. O investimento total é de cerca de R$ 30 milhões, com o hotel em funcionamento.

Na esteira das reformulações, hotéis quatro e três estrelas, como o Sol Ipanema, que comemora cinco décadas em 2023, investiu mais de R$ 3 milhões em melhorias no último ano. O quatro estrelas trocou toda a mobília do lobby e hall dos quartos. Também substituiu os armários e as TVs por aparelhos smart. Recentemente, repaginou a academia. Para o ano que vem, há um projeto de investir mais R$ 1 milhão só na área da piscina.

Hotéis como três estrelas Mar Ipanema e Grand Mercure, em Ipanema e Copacabana, respectivamente, também injetam grana para realizarem melhorias nas propriedades.

Assim como no Palladium Leblon, da Promenade, que está investindo R$ 3 milhões em reformas e modernizações a serem concluídas ao longo de 2024. O Windsor Leme foi mais um quatro estrelas que passou por retrofit, terminado no último semestre.

Cenário de otimismo para o turismo de luxo na capital fluminense

A volta dos turistas, na pós-pandemia de Covid-19, provoca uma reviravolta no setor hoteleiro do Rio. Animado com a ocupação — que alcançou 73% em julho em pleno inverno, superando o mesmo mês de 2019 (56,2%), segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-RJ) — o setor aposta em reformas e até na reabertura de espaços, em especial de cinco estrelas.

A Embratur, com base em registros da Polícia Federal, informa que, de janeiro a junho deste ano, entraram no Rio 600.143 estrangeiros. O número equivale a mais de duas vezes e meia ao contabilizado em igual período do ano passado. Em relação aos primeiros seis meses de 2019, foram apenas 75 mil turistas internacionais a menos.

Quanto a visitantes domésticos, os últimos dados do Ministério do Turismo são de 2021. Mas a estimativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Smdeis) calcula em 2,39 milhões os turistas brasileiros em 2022, seis vezes mais do que em 2021, embora ainda abaixo da média histórica anterior à pandemia.

Fonte: Diario do Rio

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