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No Dia Internacional da Mulher, executivas do trade turístico apontam caminhos para aumentar ainda mais o sucesso feminino

 

Em 2023, o turismo tem, pela primeira vez, uma representante feminina no posto mais alto do Ministério do Turismo; a Secretaria Municipal de Turismo do Rio de Janeiro também ganhou, recentemente, o comando de Daniela Maia, e diversos empreendimentos hoteleiros cinco estrelas, vitrines do turismo carioca, são liderados por mulheres: o destaque destas no segmento é indiscutível e o Dia Internacional das Mulheres, no próximo dia 8 de março, terá muito o que comemorar.

“A presença das mulheres no mercado de trabalho já é uma realidade. Nossa competência e capacidade técnica não precisam mais ser comprovadas”, ressalta Theresa Jansen, superintendente do HotéisRIO. “Mas ainda é necessário fazer ajustes para aumentar a igualdade de gênero, além da compreensão em relação à maternidade, pois é um fator que precisa ter um olhar diferenciado pelas empresas”.

Sintia Gomes, gerente geral do Sheraton Grand Rio Hotel & Resort, com quase 40 anos de experiência em cargos de liderança, concorda que recentemente houve uma evolução muito grande na inserção das mulheres no mercado de trabalho. “Vemos mulheres por toda parte, ocupando cargos que vão desde o mais simples até aos de alta liderança, esbanjando competência e qualificação profissional. Mas para aumentar essa participação é necessário maior conscientização em relação a desafios como maternidade ou a dupla jornada de trabalho, com as tarefas domésticas”. Para ela, a boa notícia é que a situação vem mudando, com muitas empresas buscando a equidade de gênero, flexibilizando horários e formas de atuação, como por exemplo o home office, alternativa para as mulheres que ainda precisam cuidar sozinhas da casa e dos filhos”.

A diretora-geral do JW Marriott Rio de Janeiro Hotel, Carolina Mescolin, acredita que é inegável que as mulheres obtiveram ganhos significativos no mercado profissional nos últimos 15 anos, mas concorda que ainda há muito por fazer. Segundo ela, sociedade e empresas conseguem minimizar este gap ao aplicarem quotas de gênero para ingresso e presença em cargos de lideranças, por meio da promoção de fóruns de debate inclusivos, campanhas de conscientização e muita comunicação interna. “Não se trata de imposição feminina mas sim de promoção de equidade. É preciso trabalhar para alterar o DNA das empresas. Sou muito privilegiada pois a Marriott já nasceu valorizando as mulheres. Criada há 95 anos, a empresa sempre teve a mentalidade de inclusão. Foi fundada por JW Marriott e sua esposa Alice, que sempre esteve ao lado do marido em todas as decisões e foi fundamental para o sucesso da companhia”.

Já Fatima Facuri, presidente da Abeoc Brasil (Associação Brasileira de Empresas de Eventos), aposta na criação de pesquisas internas nas empresas para saber o que acontece com as mulheres da organização e no desenvolvimento de estratégias para a inclusão de outros tipos de diversidade no negócio. “De acordo com estudos do Fórum Econômico Mundial, em um futuro próximo duas de cada três pessoas com ensino superior completo e pós-graduação serão mulheres, resultado de maior acesso a informação e educação.
As empresas precisam criar estratégias e políticas efetivas de equidade de gênero, como cultivar um ambiente sem assédio e violência emocional”.

A gerente geral do Windsor Califórnia Hotel, Karla Masetti, também considera que as empresas têm muita responsabilidade na melhoria desse cenário. “As organizações devem oferecer planos de carreira concretos e voltados para as mulheres e implantar políticas efetivas de equilíbrio entre gêneros, inclusive com benefícios equiparados, como licença maternidade. Outro ponto importante são implantar programas de desenvolvimento como parte da cultura das empresas, aproveitando o que as lideranças femininas têm de melhor – criatividade e adaptação a processos”.

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