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Aeroporto de Jacarepaguá movimenta economia da Zona Oeste do Rio

 

Foto: Reprodução/Tripadvisor

A polêmica sobre as operações do Aeroporto de Jacarepaguá – Roberto Marinho divide opinião entre moradores da região, associações de bairro e o setor econômico. De um lado, moradores que se queixam do barulho e do volume de voos e da possibilidade de risco de acidentes. O fluxo intenso é estimulado pelo segmento offshore, de apoio às plataformas de petróleo marítimas. No entanto, associações representativas de hotéis, a Associação Comercial do Rio de Janeiro, empresas e shoppings da região defendem a importância da operação para hotéis, restaurantes, táxis, shopping e comércio em geral, com reflexos diretos no incremento da economia do bairro, da região e da cidade.

No caso da rede hoteleira, os passageiros trazidos pelo aeroporto garantem fluxo constante de hóspedes, proporcionando uma receita estável, tão importante em momentos de crise, como essa causada pela Covid-19. “Principalmente os passageiros dos voos offshore. É uma hospedagem não sujeita à sazonalidade da estação ou de períodos festivos. Estão sempre conosco, o tempo de permanência também é maior do que a média”, afirma o presidente do HotéisRIO, Alfredo Lopes.

Os turistas oriundos das operações offshore responderam, em média, por 57% da ocupação dos hotéis da região da Barra no último semestre. O movimento apresentou índices muito estáveis: em agosto e setembro a média foi de 60%, em outubro e novembro ficou em 57% e em dezembro de 2021 e janeiro de 2022 os passageiros offshore representaram 56% dos hóspedes – sendo que alguns meses apresentam picos de 80% de ocupação.

Nos últimos anos o aeroporto passou a abrigar muitas operações de empresas de helicópteros que dão apoio às operações offshore, resultando em muitos movimentos diários. Isso tem provocado a reação de alguns moradores locais, que reclamam do ruído gerado pelas aeronaves e pela baixa altura com que sobrevoam a região. “Mas é um segmento muito importante. Esses passageiros permanecem vários dias hospedados na região, consumindo em restaurantes e lojas comerciais. Isso beneficia toda a cadeia econômica local. O aeroporto nunca registrou acidentes. Além do mais, esses grandes helicópteros utilizados para o offshore são modernos e criam menos poluição sonora do que, por exemplo, os pequenos monomotores que puxam faixas publicitárias”, ressalta Alfredo Lopes. O aeroporto de Jacarepaguá é ideal para esse tipo de suporte, que não poderia ser transferido para aeroportos como o Santos Dumont ou o Galeão sem prejudicar os voos comerciais destes.

Localizado em posição estratégica, na avenida Ayrton Senna, uma das principais vias da Barra da Tijuca, foi inaugurado em 1971. Os condomínios residenciais vieram depois, ou seja, as operações aéreas já existiam no local. O terminal carioca atende a operações da aviação geral – englobando voos não regulares das empresas de táxi aéreo e de escolas de aviação. Na área do sítio aeroportuário, com aproximadamente 1,2 milhão de m², estão instalados 44 hangares.

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