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Para fundador do Web Sumitt a versão carioca do evento pode internacionalizar a cidade e o Brasil

Após receber mais 70 mil visitantes em Lisboa (Portugal), no Web Summit, o fundador e CEO do evento de tecnologia, Paddy Cosgrave, pretende transformar a versão carioca em uma porta de entrada internacional para a América do Sul. A organização do Web Sumitt, maior evento de tecnologia da Europa, espera que a edição do Rio de Janeiro, que acontecerá no Rio Centro, receba mais de 10 mil pessoas.

Ao jornal o Globo, o executivo afirmou que os criadores de startups brasileiros agora almejam serem empresários à frente de empresas globais, abondando o regionalismo nacional e continental.

“Espero que seja o evento mais internacional que já houve no Brasil. O sonho da startup do Brasil costumava ser crescer no país ou na América Latina. Agora, elas olham para o mundo. Elas não veem mais como impossível criar uma empresa global a partir do Rio”, afirmou Cosgrave ao veículo.

Indagado sobre se a mudança de governo no Brasil impactará sobre o que é debatido no evento, o irlandês que fundou o Web Sumitt em 2009, afirmou que os executivos da área são objetivos e estão focados na expansão da sua clientela. Segundo ele, o interesse dos empreendedores no Brasil está no seu potencial mercadológico.

“Encontrei muitos executivos nos últimos dias. Eles só querem clientes. Eles não querem se preocupar com política. As empresas vão para o Brasil porque a América do Sul é um dos maiores mercados do mundo. Nossa ambição é que o Web Summit no Brasil se torne uma porta de entrada de todo mundo para a América do Sul”, disse o CEO, que garantiu a participação da primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, e do presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, após muito muita negociação.

Ainda assim, Paddy Cosgrave espera que o novo presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT) compareça ao evento. Ele salientou, no entanto, que as presenças de lideranças ligadas ao novo governo serão da maior importância para robustecer o Web Sumitt.

“Talvez o Lula até vá, não sei… Mas é importante que o evento aconteça pela primeira vez. Os ministros vão e, se gostarem, podem recomendar ao presidente. Seria ótimo que o Lula também liderasse uma delegação brasileira na edição de Lisboa”, declarou Paddy.

Atualmente, os brasileiros formam o quarto maior público do evento de tecnologia. O anúncio do Rio como nova sede do Web Sumitt, desbancando Porto Alegre e Brasília, é um indicativo da importância da cidade no cenário atual. O executivo destacou que a capital fluminense se assemelha à Lisboa ao unir lazer e negócios com muita desenvoltura.

“Lisboa funciona bem porque é uma mistura de negócios com lazer. E as pessoas vão ao Rio pela mesma razão. É uma das cidades mais especiais do mundo. Mas vamos moderar nossa expectativa, porque será o primeiro”, explicou o fundador do Web Sumitt, que assinou um contrato com dirigentes cariocas que prevê três edições anuais do evento, podendo ser prolongado por mais três anos. De acordo com o jornal, Eduardo Paes (PSD) teria se envolvido diretamente nas negociações com o Web Summit, tendo viajado à Lisboa. para a edição de 2021.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio, Chicão Bulhões, o objetivo do poder público municipal é consolidar o Rio de Janeiro como um epicentro de negócios tecnológicos da América Latina, uma vez que a cidade é um polo de inovação e cripto-fiendly.

“O Web Summit foi fundamental na transformação da cidade de Lisboa. E o Rio tem tudo para ser essa capital na América Latina. O Rio já é um polo de inovação, terá uma sede do Impa no Porto do Rio com papel fundamental; tem um jeito mais despojado de se trabalhar; já é uma cidade “cripto-friendly,” afirmou o secretário ao jornal.

As informações são do jornal O Globo.

Via Diario do Rio

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