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Santos Dumont só vai operar voos para Brasília e Congonhas, diz Paes após reunião com Lula

Prefeito Eduardo Paes se encontrou com Lula para debater situação dos aeroportos no Rio — Foto: Guilherme Mazui/g1
Prefeito Eduardo Paes se encontrou com Lula para debater situação dos aeroportos no Rio — Foto: Guilherme Mazui/g1

Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira (14), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que o Aeroporto Santos Dumont deverá ficar limitado a fazer a ponte aérea com Congonhas (SP) e com Brasília (DF). Os demais voos seriam feitos pelo Galeão.

“O que eu pedi a ele [Lula] é aquilo que a gente vinha pedindo a ele, ao governo desde o início, pedimos muito no governo Bolsonaro e não foi atendido, e hoje o presidente decidiu que vai fazer. A partir daí a gente vai decidir data, mas o aeroporto Santos Dumont passará a ser tão somente para ponte aérea Rio-São Paulo/Congonhas e Rio-Brasília. E o Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro volta a receber os voos doméstico que sempre teve”, disse Paes.

“Decisão tomada, o presidente Lula deu o comando e a determinação de ‘faça isso'”, afirmou.

Paes disse que as mudanças não serão imediatas e estimou que podem entrar em vigor em meados de janeiro. O prefeito Rio relatou que deixou uma sugestão de portaria para que as mudanças sejam efetivadas.

Ainda segundo Paes, os voos internacionais do Santos Dumont também serão limitados. “Ah, não tem voo direito para Miami, Paris, Nova York, mas tem o sujeito fazer o check-in no Santos Dumont e só pegar no seu destino final. Isso não vai mais ser possível. É aquilo que a gente vinha pedindo, que é uma medida rápida”, declarou.

A assessoria do Palácio do Planalto foi procurada a respeito da decisão anunciada pelo prefeito do Rio. Não houve retorno até a última atualização desta reportagem.

Gestão compartilhada

Paes afirmou que não debateu com Lula a possibilidade de uma gestão compartilhada dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont, citada pelo governador do Rio, Cláudio Castro, após reunião com o presidente nesta semana.

O prefeito considera que é um caminho possível, porém, entende que é mais urgente resolver a situação dos voos recebidos pelos dois aeroportos.

Castro afirmou na segunda-feira (12) que está em estudo a criação de uma sociedade de propósito específico (SPE), reunindo Infraero, prefeitura do Rio e governo do estado para gerir Santos Dumont.

Conforme Castro, essa SPE poderia contratar a Changi, concessionária do Galeão, para administrar também o aeroporto Santos Dumont. Os governos avaliam a viabilidade jurídica do negócio.

Desequilíbrio

O desequilíbrio entre os dois maiores aeroportos do Rio vem trazendo prejuízo. Enquanto o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador, vem perdendo um número grande de passageiros a cada ano, o Aeroporto Santos Dumont, no Centro, está operando no limite de sua capacidade e provocando atrasos e filas enormes.

Com objetivo de combater o esvaziamento do Galeão, o ministro Márcio França determinou nem abril que a operação do Santos Dumont não ultrapasse os 10 milhões de passageiros em 2023.

Os governos federal e estadual também montaram um grupo de trabalho para pensar numa solução conjunta para a concessão do Galeão e para a licitação do Santos Dumont à iniciativa privada.

Fonte: G1

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