Integração foi a palavra mais utilizada pelos representantes das forças policiais e equipes de segurança durante os debates do Fórum de Segurança do HotéisRIO, nesta quarta-feira, dia 11. Realizado no Windsor Flórida Hotel, o encontro teve como objetivo discutir alternativas para aperfeiçoar a segurança de hóspedes da rede hoteleira carioca e melhorar a imagem da cidade do Rio de Janeiro.
O gerente operacional do HotéisRIO, Júlio Correa, ressaltou a importância de reuniões como essa. “É uma oportunidade de reunir os principais responsáveis pela segurança da nossa cidade com os representantes da hotelaria, que podem expor suas necessidades, que também podem obter melhor conhecimento da realidade das forças policiais”.
Ricardo Barreiro, coordenador do Fórum de Segurança e responsável pela segurança da Rede Windsor de hotéis, lembrou que, apesar da fama, o Rio de Janeiro não está entre as dez cidades mais violentas do país. “O problema não é só de polícia. Há um exagero também, que prejudica a imagem da nossa cidade”, disse.
Márcio Almeida, promotor de Justiça do IX Juizado Criminal da Barra da Tijuca, concorda. Segundo ele, hoje a sociedade enfrenta problemas de civilidade, educação e respeito. “A crise vai muito além do que somente segurança. É uma missão árdua tirar o Rio das páginas policiais, até porque nossa cidade enfrenta os mesmos problemas que qualquer metrópole do planeta. Se aqui o turista ganha orientações de segurança quando entra em um hotel, e elas são pertinentes, também as recebe quando vai a uma grande cidade no exterior”.
Para o tenente-coronel PM Wallerson Scherrer, do BPTur (Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas), a hotelaria é um dos nossos pontos focais, pois é um dos locais que o turista mais frequenta. “Hoje é uma boa oportunidade para alinharmos alguns pontos. Existe uma interação real entre os órgãos de segurança, o trade turístico e diversas associações. Nossos números são melhores do que Madrid, Barcelona e Paris Acabo de voltar de uma visita técnica a Roma e lá eles não têm sequer uma unidade especializada em segurança turística e nem a integração entre os órgãos de segurança que nós construímos aqui”.
Essa integração é essencial para os bons resultados que vêm sendo alcançados. Segundo a delegada-titular da DEAT (Delegacia Especial de Apoio ao Turismo), Patrícia Alemany, foi graças a essa interação entre as forças que foi possível prender um dos suspeitos de ter atirado no turista da República Dominicana na praia da Barra. Mas ela ressalta que o turista também precisa fazer a parte dele. “Sabemos que nossos visitantes querem entretenimento. No entanto, é preciso tomar determinados cuidados. Ao se hospedar em um apartamento por meio de plataformas de locação, ele se arrisca a ter problemas, o que não acontece com quem se hospeda em hotéis, que fazem da verificação dos hóspedes uma rotina”.
O major PM David Ricardo Gonçalves Costa, coordenador de divulgação do 190 Integrado, destacou que a força disponibiliza aplicativos para que a população tenha como obter ajuda mais rapidamente. “Desde o 190 que pode ser baixado no celular à Rede Mulher, que ajuda a proteger as mulheres vítimas de violência”. Costa ressaltou a parceria com a iniciativa privada com o objetivo de reforçar a segurança nos bairros. “Sozinho, o estado não teria condições de colocar câmeras em todos os lugares. Graças à colaboração da Fecomércio e da hotelaria, vamos levar vigilância a diversos pontos da cidade, com reconhecimento facial e leitura de placas, melhorando a segurança”.
Também estiveram presentes o gerente operacional do CCPI/Polícia Federal, Bruno Malvaccini, o tenente-coronel PM Antônio Ludogero, comandante do 23º Batalhão da Polícia Militar, a coronel PM Daniele Ezequias, comandante do 19º Batalhão da Polícia Militar, o tenente-coronel PM Hilmar Faulhaber, Comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, o tenente-coronel PM Ivan Blaz, comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar e o inspetor da Guarda Municipal Genesio Gregório Filho.
