A Prefeitura do Rio de Janeiro passou a utilizar dados de geolocalização da rede da Claro para otimizar as ações de turismo na cidade. A abordagem faz parte de uma parceria do município com a Embratel, que oferece a plataforma estatística Claro GeoData para auxiliar o município na implantação de políticas públicas e campanhas.
O acordo com a Secretaria Municipal de Turismo (SMTUR-RIO) foi anunciado pela Embratel em uma nota enviada ao Canaltech nesta quinta-feira (4).
Segundo a secretária de turismo do Rio de Janeiro, Daniela Maia, a integração oferece análises “altamente confiáveis e qualificadas” para ter uma visão ampla sobre os turistas e os pontos de atração mais procurados na cidade.
A plataforma garante um leque de oportunidades para auxiliar no processo de tomada de decisões, como a demonstração do fluxo de turistas e o tempo médio de estadias no município. O sistema também consegue apurar a origem e o perfil sociodemográfico dos visitantes.
Essas informações ajudam a dimensionar os preparativos do município para receber visitantes. Em um exemplo, Maia informou que a tecnologia já ajudou a identificar que o número de turistas estrangeiros é menor do que a capacidade da cidade.
A tecnologia ainda é empregada para verificar os atrativos da cidade, como os pontos turísticos mais frequentados pelos visitantes ou residentes. Da mesma forma, a secretaria consegue apontar os locais onde há necessidade de receber mais atenção para melhorar a infraestrutura e os serviços oferecidos à população com essas informações em mãos.
“As análises geradas pela plataforma também serão utilizadas em pesquisas e na gestão de empreendimentos turísticos diversos, para apoiar ainda mais o crescimento do turismo do Rio de Janeiro”, concluiu a secretária.
Dados são coletados da rede da Claro
O Claro GeoData explora informações estatísticas a partir de uma base com alto volume amostral de dados da rede de telefonia móvel da Claro. A diretora-executiva da Embratel para governo, Maria Teresa Lima, sustenta que a plataforma utiliza machine learning e possui 95% de taxa de assertividade .
A companhia ressalta ainda que a solução segue à risca a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), uma vez que as informações coletadas são anonimizadas e agrupadas para garantir a privacidade dos clientes da operadora. “As informações acessadas são estatísticas e não identificáveis”, apontou a Embratel.
Questionada pelo Canaltech, a Embratel informou que outras cidades utilizam a solução de análise de dados. Contudo, a empresa não compartilhou a lista de municípios que exploram a tecnologia.
Créditos: Canaltech