Uma parceria entre o Sistema Fecomércio RJ (Senac e Sesc) e o Sebrae Rio quer transformar, mediante uma ação de revitalização, a Cobal do Leblon em um espaço agregador de gastronomia no Rio de Janeiro. A iniciativa prevê a retomada da vocação original do local como entreposto de alimentos e a inclusão de novidades que atraiam público em busca de alimentação, convivência e lazer. A proposta também contempla o desenvolvimento das comunidades do entorno, por meio da capacitação profissional, empreendedorismo, emprego e geração de renda.
Inspirado em grandes centros gastronômicos como o Time Out Market, em Lisboa, em Portugal, e o Polo de Budapeste e o Mercado del Río, em Medellín, na Colômbia, o projeto de arquitetura e paisagismo amplia a proposta original da Cobal e prevê o desenvolvimento de novas utilizações para o espaço. A ideia é fazer melhor uso dos 6.4 mil m² e aproveitar áreas que, atualmente, encontram-se ociosas. Uma ampla seção será destinada à comercialização de produtos, inclusive de pequenos e microprodutores, para que o espaço realmente funcione como polo de abastecimento de hortifrutigranjeiros tanto para empresas quanto para os moradores da região.
Uma cozinha profissional será montada na Cobal e se tornará um ambiente de aprendizagem para a realização de cursos profissionalizantes de gastronomia do Senac RJ. A capacitação profissional se estende também para a formação empreendedora promovida pelo Sebrae Rio com objetivo de incentivar a formalização de micro e pequenas empresas. O programa de segurança alimentar Mesa Brasil, do Sesc RJ, também terá um espaço para arrecadação de alimentos e ações de combate ao desperdício. O objetivo é contribuir com o desenvolvimento e qualificação profissional dos moradores de comunidades do entorno, como Cruzada São Sebastião, Vidigal, Rocinha e Cantagalo. Após se qualificarem, esses novos profissionais poderão ser absorvidos por bares, hotéis e shoppings do entorno.
Tombado desde 2011, o que atesta seu valor cultural, a Cobal do Leblon também é, desde 2004, Área de Especial Interesse Funcional (AEIF), o que preserva os usos e atividades voltados para qualidade de vida e ambiência urbana. Atualmente, o espaço encontra-se degradado e cercado por grades, com pouca conexão com o entorno.